Brasil é o país capaz de coordenar uma cooperação para resolver os problemas mundiais de alimentação, energia e meio-ambiente
Brasil é o país capaz de coordenar uma cooperação para resolver os problemas mundiais de alimentação, energia e meio-ambiente
Na edição desta segunda-feira (20/01) do programa Conexão Campo Cidade, os participantes abordaram temas que variaram entre desafios econômicos do Brasil, o impacto da posse de Donald Trump nos Estados Unidos, e o papel do agronegócio nacional no cenário global.
Posse de Donald Trump
Marcelo Prado abriu o programa destacando a posse de Donald Trump como presidente dos EUA. Ele ressaltou que, sem a necessidade de reeleição, Trump pode focar em medidas mais decisivas, como o aumento do protecionismo comercial e a redução de compromissos com a economia verde. Roberto Rodrigues complementou que a gestão Trump, com sua equipe alinhada ideologicamente, representa um desafio e uma oportunidade para o Brasil, já que os EUA são o segundo maior parceiro comercial do país, atrás apenas da China. Antônio da Luz alertou para a rivalidade entre os dois países, destacando a necessidade de o Brasil adotar uma postura pragmática e centrada nos interesses nacionais.
Letícia Jacintho trouxe um dado relevante: grandes instituições financeiras americanas, como o JP Morgan e o Goldman Sachs, estão saindo de compromissos climáticos. Para ela, isso reflete a influência de Trump e pode gerar debates importantes na próxima Conferência do Clima (COP). José Luiz Tejon reforçou a importância do Brasil liderar discussões globais como o cinturão tropical, oferecendo soluções sustentáveis e se posicionando como uma potência agrícola.
Economia brasileira
Antônio da Luz lamentou a falta de foco em crescimento econômico no Brasil, apontando para a baixa renda per capita e a má gestão fiscal. Ele trouxe um estudo que relaciona crises alimentares à perpetuação da pobreza e às mudanças genéticas, reforçando a importância do agronegócio no combate à fome e à desigualdade social.
Marcelo Prado destacou a necessidade de maior eficiência na gestão pública, exemplificando o sucesso de Donald Trump ao nomear grandes empresários para cargos de governo. Para ele, o Brasil precisa replicar essa mentalidade, investindo em políticas que promovam alta produtividade e melhor gestão dos recursos.
Letícia Jacintho também apontou o contraste entre o Brasil e os EUA, destacando os altos salários oferecidos pelo setor agro no Brasil, mas alertou para a necessidade de qualificação profissional e maior investimento em educação para manter a competitividade.
Desafios e oportunidades para o agro brasileiro
José Luiz Tejon ressaltou o papel do cinturão tropical na produção agrícola mundial. Ele chamou a atenção para o potencial brasileiro de liderar essa região, promovendo cooperação internacional e tecnologia sustentável. Roberto Rodrigues reforçou a relevância da agroenergia e do biocombustível, citando o impacto positivo do biodiesel, que hoje utiliza 22% da produção de óleo de soja, e do etanol de milho, que fortalece a cadeia produtiva e gera emprego e renda.
Marcelo Prado alertou para os desafios climáticos que afetam as safras de soja e milho no Brasil. Ele relatou perdas significativas devido à seca no Rio Grande do Sul e atrasos no plantio e colheita em outras regiões. Apesar disso, mostrou-se otimista com o potencial do Brasil de superar esses desafios com resiliência.
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